História A existência de Miranda deve-se ao Capitão João Leme do Prado, que ao desbravar os rios Miranda e Aquidauana, encontrou ruínas da antiga cidade de Santiago de Xerez, cidade fundada em 1579 e destruída pelos índios guaicurus. Por ordem do Capitão Caetano Pinto de Miranda Montenegro, governador da capitania de Mato Grosso, João Leme lançou, em 16 de julho de 1778, os alicerces do Presídio Nossa Senhora do Carmo do Mondego, conhecido depois como Presídio de Miranda. A manutenção do povoado, que surgiu na parte externa da fortificação, sob o nome de presídio. Era uma situação difícil devido a falta de melhores meios de navegação pelo rio Mondego (atual rio Miranda), que só se mantinham no lugar os seus fundadores. Em 1797, com o desenvolvimento local, já havia 4 casas de adobe e pau-a-pique, cobertas de telha de barro, obedecendo a um traçado de rua, cuja principal era Nossa Senhora do Carmo, atual Rua do Carmo, bastante extensa, indo até a beira do rio. No primeiro censo nacional realizado em 1872, Miranda era a mais populosa localidade no Sul do Mato Grosso, com seus 3.852 habitantes, sendo 142 escravos. Em 30 de maio de 1857, por Lei Provincial, o lugar foi elevado a condição de Vila de Miranda, por força do trabalho de Francisco Rodrigues do Prado, irmão do fundador do presídio. Visando a proteção da vila, o governo imperial determinou, anos depois, a fundação da colônia Militar de Miranda. Com a Guerra do Paraguai, foi suprimida por Lei Provincial nº 5, de 11 de novembro de 1869 e restaurada pela Lei nº 7, de 7 de outubro de 1871. A Comarca de Miranda foi instalada em 7 de Maio de 1878, após a Guerra do Paraguai, ficando incorporada a Corumbá. Em 31 de dezembro de 1912, com a chegada da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil (e também com as Estações Telegráficas, a vila passou por um novo surto de desenvolvimento. Foi elevada à categoria de cidade por Lei Estadual nº 772, de 16 de julho de 1918. Em 1977 o município passa a fazer parte do atual estado de Mato Grosso do Sul.